segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Para onde vamos após o desenlace físico?

Um dos grandes "mistérios" da humanidade é a morte. Para os materialistas trata-se do fim absoluto; para os espiritualistas é a passagem. Mas dentre os que acreditam que sobra algo após a morte do corpo há muitas dúvidas e medos.

Para a Doutrina dos Espíritos a morte do corpo, ou desencarne, é apenas uma passagem mais ou menos dolorosa em razão da espiritualização do espírito. A vida espiritual é a nossa vida original e oficial. A matéria tal como conhecemos é transitória. O espírito sobrevive a tudo. A matéria sem o espírito é inerte e sem função.

Uma das perfeitas leis de Deus é a lei de afinidade. Nós nos aproximamos daquilo que nos é interesse em todos os campos da vida (estudo, trabalho, amizades, vícios) e não haveria de ser diferente no que diz respeito às questões espirituais. Por isso dizemos que após deixarmos nosso corpo que tanto nos serviu de ferramenta para melhora moral iremos para o lugar com o qual nos afinizamos. Pessoas viciosas vão procurar, após a morte, abastercer o vício. Aquele que deseja o bem vai de encontro a locais e seres com as mesmas aspirações. Quem nutre ódios e rancores no mínimo vai conseguir a simpatia de espíritos do mesmo nível evolutivo, criando uma rede de pessoas voltadas ao mal.

Quem é materialista, dá valor exarcebado ao que possui aqui, até mesmo ao corpo, vai ficar por essas bandas mesmo, em volta daqueles que gostava ou odiava, em casa, no trabalho... apegado à matéria e aos "amores" que deixou, se prejudicando e prejudicando quem ainda está na lida terrestre. Aquele que é ignorante no que diz respeito às coisas da vida maior também fica perdido. Quantos espíritos são auxiliados nas mesas mediúnicas - reuniões privadas com o objetivo de auxiliar quem sofre - e sequer sabem da sua condição de espíritos desencarnados?

Um adendo sobre essa questão do ignorante: podem perguntar onde está a providência divina que deixa alguns à mercê da própria sorte, na ignorância do fato. Deus não abandona nenhum de seus filhos, mas também sabe que a colheita é obrigatória. Muitas vezes não queremos enxergar o auxílio, pois nossa visão está cristalizada. André Luiz, do clássico livro "Nosso Lar", não ficou oito anos no umbral e só conseguiu enxergar seus amigos espirituais (que estavam lá o tempo todo) quando se lembrou de Deus e fez uma prece sincera? A vibração inferior dele não permitiu que ele visse os companheiros.

Por isso se você pretende, ao deixar a vida física, ir para um local feliz, de paz, tranquilidade, comece a trabalhar isso desde já. Vá tentando eliminar os vícios, vá tentando se acertar com seus "inimigos", faça o bem desinteressadamente, procure entender que somos espíritos e que a vida é um estágio probatório onde aprendemos um pouco mais e acertamos as arestas do passado delituoso. A ajuda vem de acordo com nosso merecimento e vontade. Uma consciência tranquila verdadeiramente é a passagem para o além-túmulo sem medos, receios ou tristeza.

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