sexta-feira, 6 de maio de 2011

Considerações espíritas sobre o aborto

O primeiro dos direitos naturais do homem é o direito de viver. O primeiro dever é proteger a vida.

O aborto é para algumas pessoas a "solução rápida" para uma gravidez indesejada. Muitas mulheres optam por essa prática por medo de rejeição da família, pela não aceitação do parceiro, ou ainda porque não julgam adequado o momento para a maternidade - algo bastante comum, aliás, nesses tempos de emancipação e participação feminina enquanto mão-de-obra social. Encampam a máxima "sou dona do meu corpo e faço dele o que achar mais conveniente". Um pensamento bastante egoísta na verdade, pois o que está envolvido não é apenas o próprio corpo, mas também o corpo de um outro ser que está sendo gerado, já ocupado por um espírito e que não vem à vida a passeio: possui muitos objetivos, necessidades e dívidas a saldar.

No Brasil a lei permite o aborto em dois momentos: quando a concepção é produto de estupro ou quando a mãe corre risco de morte com a gravidez. Em alguns países, principalmente os ditos "superiores" em aspectos sociais e culturais (percebam que avanço social e tecnológico nem sempre corresponde ao avanço moral), o aborto é legalizado e acontece à vontade, porém aos olhos de Deus continua sendo um crime.
Para o Espiritismo, e outras religiões também, Deus é o criador universal e ele não deu o direito ao homem de tirar a vida de ninguém - inclusive de quem ainda não nasceu, mas já é um ser preparado para chegar ao mundo. Interromper uma gestação é um ato de grande responsabilidade. E não interrompê-la é um ato de amor. Entretanto, há quem o faça sem quaisquer considerações de natureza médica, moral, legal ou espiritual.

O Espiritismo não aceita a legalização do aborto, pois isso seria compactuar com o crime e a irresponsabilidade. Se pensarmos apenas no plano físico de que tirar a vida de um ser tão frágil é algo cruel, e que este também sofreria, no plano espiritual não é diferente: alguns espíritos não aceitam ser rejeitados pela mãe e se revoltam por muito tempo porque perdem a chance de nova oportunidade reencarnatória, gerando assim processos obsessivos.

Portanto devemos dar importância ao diálogo familiar e à responsabilidade. Gravidez deve ser um momento de felicidade e não uma péssima notícia. Planejar o futuro também é um ato de amor.

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